I Met The Male Lead In Prison (Novel) - Cap. 24

Capítulo 24:

Era isso que eu queria fazer primeiro! (1)

“O que foi agora?“

Ricdorian agarrou levemente a ponta das minhas roupas, certificando-se de que não houvesse contato com a pele. Não fui pega, mas foi o suficiente para me impedir de ir embora. Percebi que ele gosta muito de agarrar a barra das minhas roupas. 

Ele havia desenvolvido um novo hobby, hein!

“Por quê?”

Quando inclinei a cabeça, ele se curvou, deixando-me ver sua nuca vermelha e as costas por trás do colarinho. Uau! todo o seu corpo virou rubi.

E apesar daquela bela visão, suportei o desejo de tocá-lo.

“Não se preocupe, sem o seu consentimento, eu não vou tocar em você…” Eu disse imediatamente enquanto ele parecia alerta com meu olhar de adoração para todo o seu ser.

Eventualmente, suas mãos se moveram, segurando minhas pontas dos dedos como se me desse o consentimento para tocá-lo.

“Só… só um pouco”

“Só um pouco?”

“Hmm.”

Lembrei-me daquele momento em que ele se transformou em um animal e me abraçou por trás. Sua temperatura corporal era tão quente quanto a radiação solar que aquece a terra. Se ele me abraçasse por mais tempo, eu poderia ter sido uma geleira derretida agora.

Eu me pergunto se é uma característica que ele adaptou por não ser humano.

Corei e engoli com força o repentino risco de Ricdorian em meus dedos. Suas ações ousadas me eletrizaram totalmente.

“… Isso é … isso está bem.”

Sua cabeça subiu lentamente e seus olhos azuis, que podiam facilmente chamar a atenção de todos, voltaram-se para mim.

Quantos anos mais eu preciso para ficar aqui? Eu estava seriamente perturbada.

Senhor… isso é uma tentação fervorosa. Uma tentação que eu não poderia mais resistir se você continuar me provocando assim.

No entanto, ele estava ciente de que poderia ser errado me tocar às pressas.

Ele é o protagonista masculino, enquanto eu não sou. Eu sou apenas um personagem secundário desta história, por isso é melhor viver uma vida longa e sem preocupações enquanto ainda estou dentro deste romance classificado como +18. Não faço ideia de quando vou voltar para casa. Para o meu mundo real.

Não estou reclamando, é que quanto mais tempo passo aqui, mais me apego ao Ricdorian.

Eu balancei meu dedo e soltei sua mão com cuidado, tomando cuidado de não ferir seus sentimentos, pois eu não quero que ele pense que ele foi deixado de lado. Então, eu cuidadosamente acariciei suas bochechas.

Isso, com certeza, é aceitável, certo?

“OK. Eu irei agora.”

Eu me afastei dele, cujas bochechas eram como uma flor vermelha florescendo, e apertei suas mãos sem jeito. Depois, virei as costas para ele.

“Vejo você na próxima caminhada.”

Na tarde seguinte, o guarda sênior veio até mim. Foi dito que desta vez não foram usadas restrições no Ricdorian.

“É muito estranho… eu nunca fiz isso antes.”

Aparentemente, restrições que funcionam bem em outros prisioneiros mágicos não funcionam nele. Eu pensei que talvez estivesse relacionado à maldição que ele tinha, mas ainda não entendi. No final, a maldição que ele tinha continuaria sendo um mistério para mim.

Não havia como eu saber coisa alguma porque, antes de tudo, eu não tinha conhecimento aqui. Embora eu tenha lido o romance, ainda não tenho noção da extensão real de sua maldição.

Tudo que eu sabia era que ele tinha um prazo devido a esse padrão de rosa no peito. E apenas a heroína poderia soltar as algemas do pescoço que ele usava desde o nascimento.

“De qualquer forma, espero que você possa me ajudar a levar o prisioneiro mágico a pé agora.”

“Bem, sim, é claro.”

Por fim, decidi ajudá-lo até Lenag voltar de seus negócios. Na verdade, eu realmente faria isso mesmo sem o pedido de ajuda do guarda sênior.

Então, de alguma forma, metade do dia começou como uma caminhada obrigatória e, alguns dias depois, a quarta caminhada aconteceu.

Foi um bom passeio. Mas não é realmente uma caminhada pacífica que foi sem altos e baixos, voltas e mais voltas. Afinal, um pouco de dificuldade torna a vida interessante.

Enquanto olhava para o céu distante, virei minha cabeça ao som de passos se aproximando.

“Arff!”

“Hã? Você pegou?”

Eu olhei, com um olhar vago, e vi o que Ricdorian estava fazendo… você realmente está chegando, hein.

A coisa toda era diferente de uma caminhada convencional. Durante nossa caminhada, percebi pela segunda vez que, apesar de ter a maldição da fera, ele ainda manifesta boa força física.

<Senta!>

<Arff! “>

Faz muito tempo desde que eu gritei ‘Senta’. Como foi arrebatador. Estou cansada disso, mas ao mesmo tempo foi divertido.

<Que rosto lindo…>

<Eu sei.>

Isso porque sua beleza diáfana*, seja uma fera ou uma pessoa racional, se destaca ainda mais sob a luz do dia. Além disso, seu cabelo prateado despenteado, seus olhos azuis com um pouco de ferocidade e até a aparência do suor rolando parecem sagrados.

“Arff!”… Se ao menos você não estivesse mordendo uma bola, você seria a quintessência!

“Você quer que eu te elogie?”

Arff! Arff! ”… Não seja um cachorro assim, Ricdorian. Por favor, eu te imploro! Eu chorei por dentro.

Por que acho que conheço todas as expressões nesta versão da besta? Ele nem fala a linguagem humana. Bem, deve ser porque eu sou a treinadora dele. Eu me senti orgulhosa de mim mesma.

Olhando para ele com um olhar complexo, eu rapidamente joguei a bola para longe. Ele tinha boa força física. Pensei em tratá-lo como um filhote de cachorro como uma medida temporária, pelo menos ele não está explodindo como um animal selvagem. No entanto, fazer isso parecia que eu o estava afastando desse comportamento humano.

Joguei a bola com firmeza, sentindo-me ansiosa e culpada ou aliviada agora que ele está à vontade.

“Muito bem.”

Finalmente, quando joguei mais uma vez, virei minha cabeça para longe de Ricdorian correndo para pegar a bola.

Os guardas, parados como uma estátua, encontraram os olhos comigo. Eles nos olharam com um rosto um pouco envergonhado e sorriram.

“… Ela é muito boa em lidar com aquele prisioneiro.”

O guarda sênior, Anton Lee, sempre seria o responsável por explicar a situação.

“Você já fez isso antes?”

…Como assim?

*****

diáfana – límpida, translúcida.