The Lady Wants To Rest (Novel) - Cap. 03
Capítulo 03:
A esposa de um homem rico. Não foi uma vida muito feliz, e seu final também não era preferível. Mais importante ainda, a senhora de uma família rica tinha muitas coisas a considerar e com que se preocupar.
‘Ou talvez a amante distante de um homem pouco ambicioso? Isso seria o suficiente? ‘
Eu desabei na minha cama e fechei os olhos.
‘Eu não sei. Tanto faz. Tudo se resolverá no devido tempo. Vamos tirar uma soneca. ‘
O sono tomou conta de mim.
Na minha última vida, nunca dormi mais do que quatro horas por dia. E, mesmo assim, não conseguia dormir profundamente. Era porque eu sempre corria o risco de ser assassinada.
Como resultado, desta vez decidi seguir três regras: dormir cedo, acordar tarde e tirar uma soneca à tarde. Claro, se eu ficar sonolenta no meio do dia, vou dormir ainda mais.
‘A vida não é complicada. Coisas boas são boas. Desta vez, vamos ser feliz a todo custo. Mas primeiro deixe-me dormir. ‘
No entanto, minha primeira tentativa de tirar uma soneca à tarde, necessária para minha felicidade, virou fumaça desde o início.
Foi porque a porta do meu quarto se abriu.
“Rubia!”
Voz afiada. Foi a madrasta.
Desta vez ela veio com reforço.
Era um jovem bonito, com cabelos prateados radiantes e atraentes e olhos azuis celeste.
Ele começou a falar em tom firme.
“Rubia, as afirmações da mãe são verdadeiras?”
Eu acordei cansada.
‘Visconde de Sabien.’
Esse belo jovem era o herdeiro do trono do Grão-Ducado de Roxanne, o Visconde Sabien. Ele também era meio-irmão de Rubia. Ele era filho da primeira grã-duquesa, antes do casamento do grão-duque com a mãe biológica de Rubia.
Como se podia ver pelo modo como sua madrasta o trouxera como reforço, ele, também, não gostava de Rubia.
‘Não, para ser exata, ele não tem interesse. Como tal, mesmo que a madrasta culpasse Rubia por um milhão de falhas, ele não pensou em investigar mais profundamente as circunstâncias.’
Em alguns aspectos, ele era pior do que sua madrasta.
Pois a tímida Rubia não teve chance de explicar os rumores injustos sobre ela.
Se o Visconde Sabien tivesse investigado, mesmo que um pouco sobre suas circunstâncias, a quantidade de sofrimento em sua vida teria sido reduzida pela metade.
“Me responda. É verdade que você agiu rudemente com nossa mãe? ”
Seu tom frio era como o de uma nevasca, cheio de agulhas afiadas e congeladas.
Claro, eu apenas senti que era muito fofo.
“Sim, é verdade.”
Os olhos do Visconde Sabien mudaram de forma incomum. Era porque meu tom de voz estava calmo, ao contrário do normal.
Ignorei sua reação e continuei falando.
“Isso se você puder chamar uma senhora, cujas primeiras palavras para sua filha que acabara de voltar da porta da morte foram de repreensão e zombaria, de mãe.”
“……!”
Com o golpe repentino, o rosto da madrasta empalideceu. A madrasta sempre fingiu ter bom coração na frente dos outros, com exceção de Rubia.
O Visconde Sabien franziu o cenho profundamente.
“Suas palavras são muito duras. Mesmo que a mãe tivesse dito palavras aparentemente ofensivas, elas não devem ter sido com más intenções.”
“C-certo. Eu só estava preocupada com você! ”
Preocupado? Se ela se preocupasse duas vezes, ela acabaria pregando uma boneca fragmentada*.
N/t: *Pregando uma boneca fragmentada – Esta é uma expressão coreana. Não havendo tradução direta, o tradutor fez uma referência a bonecos de vodu. É basicamente amaldiçoar as pessoas apunhalando a boneca.
Soltei um sorriso de escárnio*, olhei diretamente para o Visconde Sabien e falei.
N/t: *escárnio – o que é feito ou dito com intenção de provocar riso; caçoar, zombar.
“Meu senhor está me repreendendo com as intenções amorosas de um irmão mais velho ou tentando endireitar o decoro doméstico?”
Por um momento, o Visconde Sabien ficou sem palavras.
“Eu….”
Se fosse por amor ao irmão mais novo, não era assim que se deveria repreendê-los, pois mostrar preocupação com o bem-estar da irmã, que adoecera recentemente, deveria ter vindo em primeiro lugar na conversa.
Se fosse para estabelecer regras domésticas diretas, as ações habituais da madrasta em relação à princesa Rubia não teriam obedecido ao decoro.
‘Que frustrante.’
Procurei o taco por hábito da minha vida passada, e depois de perceber que ele estava ausente, franzi as sobrancelhas.
“De qualquer forma, sua atitude foi falha. Peça desculpas à mãe.”
Eu cruzei meus braços.
Que desenvolvimento frustrante. Parecia que estava me enchendo de batatas assadas sem água.
Pensei em usar meu raciocínio silogístico* para desferir um golpe fatal no argumento do Visconde Sabien, mas desisti no último segundo.
N/t: *silogístico – argumentação lógica perfeita.
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