Você Se Equivocou de Casa, Vilão! (Novel) - Cap. 23

Capítulo 23:

Parte 5: Festival da meia-noite, uma noite emocionante com o vilão

–

“Sr. Gilbert.”

“Hm?”

“Aperte a minha mão.”

Embora perplexo com meu pedido repentino, Gilbert estendeu a mão. E eu rapidamente agarrei. Mas como era de se esperar, também não senti nada aqui.

Honestamente, não foi apenas com Gilbert que eu tentei fazer isso, eu segurei a mão de outras pessoas com a desculpa de dar um aperto de mão. Mas era tudo a mesma coisa, não dava muita sensação.

Eu esperava por isso, mas parece que aquele estranho fenômeno só ocorria quando entrava em contato com Lakis.

“Srta. Yuri, há um festival de primavera abrindo neste fim de semana, você gostaria de ir comigo?”

“Um festival?”

E Anne-Marie, que encontrei a caminho de casa naquele dia, me convidou.

“Sim. Ouvi dizer que vai haver até fogos de artifício à noite. A Srta. Yuri mora aqui há mais tempo do que eu, então você já foi antes, certo?”

Ah, pensando bem, Anne-Marie é do sul, então acho que ela nunca experimentou um festival no leste. Claro, estive em um festival de primavera no leste. Mas ao contrário do que Anne-Marie pensava, eu não fui para curtir o festival, mas para trabalhar como Arachne.

Embora o festival da primavera fosse o maior festival do ano no leste, havia um leilão secreto sendo realizado ao mesmo tempo usando-o como uma sombra. E um de meus clientes regulares costumava me contratar como procuradora para obter algo da casa de leilões todos os anos.

Eu não faço trabalhos apenas para esmagar, espancar, torturar ou matar pessoas, você sabe.

De qualquer maneira, ainda não tive notícias do cliente desta vez, mas tenho quase certeza de que farão o mesmo pedido este ano.

“Felizmente, eu tenho um dia de folga nesse dia e Hestia quer ir, então ela estará junto. Então, se estiver tudo bem para você…”

“Eu tenho outra coisa para fazer.”

“Oh… você tem?”

Uh, eu recusei com muita firmeza?

Uma sombra caiu sobre o rosto sorridente de Anne-Marie. Ao vê-la parecer deprimida, meu coração enfraqueceu um pouco.

“Eu irei depois de terminar o que tenho que fazer, embora possa ser tarde.”

“Mesmo?”

Seu rosto estava brilhando novamente.

Ela realmente tinha uma variedade de expressões. Então foi divertido olhar para ela. Tirando isso, quando se trata de um festival, há algo típico nele. Não parecia exatamente um lugar com uma chance esmagadora de um incidente acontecer?

Especialmente em novels de romance, havia uma possibilidade muito alta de um episódio se desenrolar sem material regular ou situações típicas. Não houve um episódio em “Chain of Flowers”, onde a protagonista feminina foi perseguida por algum homicida maníaco durante o festival da colheita de outono?

Hmm…

Agora que penso sobre isso, é provavelmente porque o gênero dessa novel é romance e suspense. Enquanto outras heroínas de novels andavam com bandeiras de amor fortemente amarradas a elas, Anne-Marie costumava carregar bandeiras de morte. É claro que, depois que tal incidente acontecesse, ela se enredaria com um dos candidatos principais do sexo masculino, resultando em sentimentos mais profundos.

Mas é estranho quando você pensa sobre isso.

O leste era obviamente a região com a melhor ordem pública e segurança entre todas as regiões, mas então você tem órfãos desaparecendo, assassinos loucos e criminosos aparecendo por toda parte como se não fosse nada e dominando toda a cidade?

Claro, o chefe final de todos eles, era o rei da maldita cidade obscura, Lakis Avalon. Talvez ela estivesse envolvida com ele para ser impactante para os protagonistas masculinos. Hah, protagonistas masculinos que você tem que arriscar sua vida para obter.

Era totalmente sem sentido, a posição de uma heroína.

Fiquei impressionada com o pensamento de que Anne-Marie escapar de ser a heroína seria realmente melhor para o seu bem.

Enfim, não é possível que aconteça um evento perigoso neste festival?

No romance, o desaparecimento das crianças no orfanato significava o primeiro episódio do envolvimento de Anne-Marie com o protagonista masculino, então o festival de primavera não foi realmente mencionado.

Eu olhei para Anne-Marie com uma ligeira carranca no rosto.

Ela não sabia nada sobre a ameaça que poderia vir a ela e estava apenas sorrindo como se estivesse de bom humor.

“Então não deixe de vir, mesmo que você esteja atrasada no dia! Oh, devemos escolher um lugar para nos encontrarmos? Se você me disser o horário em que irá acabar, eu estarei lá!”

Onde estava o lugar mais lotado e seguro do festival mesmo? Pensei um pouco antes de dizer,

“Então, na frente da torre do relógio.”

“Não tem muita gente lá? Acho que pode ser mais difícil de nos encontrarmos se estiver muito lotado e podemos nos desencontrar, então talvez um lugar mais silencioso…”

Eu entendi por que Anne-Marie estava preocupada, mas era moleza para mim.

“Não se preocupe. Eu posso te encontrar onde você estiver, Anne-Marie.”

Instantaneamente, Anne-Marie pareceu estupefata.

Mas eu disse algo errado? Por que seu rosto está ficando cada vez mais vermelho?

“Na…”

Talvez ela mesma tenha sentido porque Anne-Marie se apressou e ergueu as mãos para segurar o rosto no momento seguinte.

“Na torre do relógio, então…”

“Sim. Acho que provavelmente estarei disponível por volta das 9.”

Ainda assim, acrescentei que ela não precisava esperar por mim se eu me atrasasse ou algo mais aparecesse para ela. Quando cheguei em casa, a tez de Anne-Marie havia voltado ao normal.

“Então tenha uma boa noite, Srta. Yuri.”

Anne-Marie segurou minha mão, apertando-a enquanto ela sorria amplamente, com covinhas aparecendo em suas bochechas.

Pedi a Anne-Marie para apertar a mão uma vez, assim como fiz com Gilbert e ela pareceu gostar.

“Tenha uma boa noite também, Srta. Anne-Marie.”

Assim, nos despedimos e nos separamos.

* * *

–

Regar…

Yuri observava Lakis enquanto fingia regar as plantas que estavam na sala por algum motivo.

Agora, ele estava no meio de trocar suas bandagens sozinho. Lakis estava se recuperando em um ritmo rápido e era um paciente surpreendentemente de baixa manutenção. Desde que ele pediu que ela o ajudasse a trocar de roupa, ele nunca mais pediu nada.

Sinceramente, Yuri ficou um pouco surpresa ao vê-lo cuidando das feridas, trocando de roupa e até lavando-as sem dificuldade e sem pedir ajuda a ninguém. Às vezes, Yuri até se oferecia para ajudar primeiro, mas Lakis recusava.

Interiormente, Yuri sentiu que era uma pena. Claro, ela sofreu danos psicológicos consideráveis ​​da última vez devido a esfregar o rosto na mão de Lakis como um cachorrinho, mas a plenitude que ela sentiu quando o tocou não foi fácil de esquecer.

Mesmo agora, o movimento de Lakis enquanto ele envolvia suas bandagens era muito habilidoso. Na verdade, era a visão de alguém acostumado a ferimentos no submundo.

Eventualmente, depois de trocar suas bandagens sozinho, Lakis trocou de roupa por si mesmo.

– Lakis, você vai mesmo ser assim?

Enquanto isso, Lakis estava se sentindo incomodado com o inseto, que fazia barulho há algum tempo.

– Vamos, é só tocar nela uma vez! Não é tão difícil!

Por alguns dias, o inseto esteve incomodando Lakis, insistindo em sua demanda irracional e irritando Lakis. O motivo disso era ainda mais absurdo. Queria que ele tocasse a dona da casa, Yuri, novamente.

– Só dê as mãos uma vez, é isso! Já te perguntei tantas vezes, sua criança sem coração!

Ao ouvir isso, Lakis praguejou.

– Seu verme astuto, esse tipo de coisa nem conta como um pedido.

– O que você quer dizer com astuto?! Não acho que você deva dizer isso para mim quando, só porque ela estava desfazendo seus botões, você estava agindo tímido como uma noiva sendo despida pelo noivo em sua primeira noite de núpcias…

Crack, um som assustador veio do punho cerrado de Lakis como se suas juntas estivessem se quebrando. Oprimido por essa atitude, o inseto fechou a boca. Mesmo sem isso, Lakis já estava de mau humor.

Ele estava impaciente para ir e lidar com o bastardo traidor em Carnot agora, mas seu corpo não estava curado o suficiente. Quando ele se lembrava do que aconteceu naquele dia, seu sangue ainda fervia.

Se ele fatiar ou grelhar aquele bastardo traidor, não importava, o que importava é que ele só se sentiria aliviado depois que fizesse o bastardo sangrar na frente dele. Enquanto ele olhava para o ar, os olhos de Lakis brilharam com uma luz forte.

… Mas havia algo que ele tinha que verificar antes de destruir aquele bastardo. E para pelo menos fazer isso, ele tinha que se recuperar rapidamente.

– Um inseto bastardo inútil.

– Por que você está me xingando de repente?!

‘Você deveria ter um poder de cura em vez dessa habilidade inútil.’

O parasita se sentiu injustiçado por ser amaldiçoado do nada.

Lakis bufou para o inseto, que choramingava como se seu orgulho estivesse muito ferido com suas palavras. Mesmo assim, sabendo que não poderia continuar de mau humor com a dona da casa, Yuri, por perto, Lakis afrouxou o punho cerrado.

Yuri, que não tinha como saber da situação, apenas viu que Lakis havia cerrado o punho desde antes, e sentiu que ela estava sem paciência, então largou o regador.

Na verdade, as flores que Yuri regava há algum tempo não eram flores de verdade, mas flores de plástico. Como esperado, não era seu estilo se preocupar com algo por muito tempo. Já que isso a incomodava tanto, seria melhor apenas fazer alguma coisa.

Além disso, ela não era o salva-vidas de Lakis? Então ela imaginou que isso poderia estar dentro dos limites do que Lakis poderia tolerar.

Yuri caminhou até o sofá onde Lakis estava.

“Sr. Lakis.”

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Cantinho da Fuyu:

E com esse capítulo sabemos da grande probabilidade de alguém/Yuri ser perseguida no festival por algum louco, comprovamos que Yuri está conquistando a heroína e começando seu harém e que o inseto diz o que gostaríamos de dizer

E aqui vemos uma representação dos acontecimentos:

Olaf é o inseto, Anna é o Lakis, a porta seria a Yuri e nós leitores o Kristoff

Ok, eu preciso dormir kkkkk